NIVAL ARAÚJO CORREIA
NIVAL ARAÚJO CORREIA – Ator, diretor, produtor de teatro,
formado em geografia, nasceu em Passagem Franca no Maranhão em 1973, filho do
Sr. José Correia de Araujo e de Dona Maria Vilani Evaristo de Araújo. É o
segundo de três irmãos. No Maranhão participou da sua primeira peça de teatro
em um evento da escola, onde fez o papel do prefeito da cidade, ficando
conhecido como o sr. prefeito por alguns anos. Mais nunca teve a intenção de
ser ator. Chega ao Tocantins em 1992, aos 19 anos, sonhava em ser administrador,
trabalhou por vários anos, em Palmas, como gerente de posto de saúde. Embora o
teatro não fosse uma vocação, criou, na unidade de saúde onde trabalhava, o
espetáculo Fermento na massa, que
tratava da saúde em comunidade. Começa também a trabalhar com grupos de jovens
da igreja, onde encenavam espetáculos em datas comemorativas como a semana
santa e dia de São Francisco. Depois passou a fazer um trabalho mais popular
com as quadrilhas juninas, escrevendo peças e atuando.
Teve sua primeira experiência com quadrilha junina, em 1996,
quando foi convidado pela quadrilha Caipiras do Borocoxó para inserir o teatro
na quadrilha, o que deu muito certo. Outras quadrilhas passaram a trabalhar com
o mesmo formato. Hoje, presta assessoria por meio de oficinas de expressão
corporal, facial, animação, investigação da temática para os brincantes, além
de oficinas para jurados de quadrilhas juninas.
Participou da Companhia Raízes de Teatro Amador entre os anos
de 1994 a 1996, juntamente com Juliano Gomes e Reginaldo Reis, sob a direção de
Carlos Bahia, onde trabalhou com interpretação e narração.
Em 1999, recebeu o convite do ator Cícero Belém para
participar do grupo de Teatro Chama Viva, fato que o fez abandonar o trabalho
na saúde para se dedicar somente ao teatro, começando então sua carreira
profissional. Nesse período trabalhou com diretores como Rafael Ponzi, Antônio
Guedes e Fátima Saadi. No grupo Chama Viva participou de vários espetáculos,
entre eles: O jogo do amor que ficou
em cartaz doze anos e O anel de magalão,
circulando em diversas cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo,
Brasília, Recife e Goiânia.
No cinema atuou em Xingu, onde não teve uma grande
participação em cena, mas ficou no set de gravação durante dois meses, devido a
sua experiência em selva e em orientação geográfica, sendo bastante utilizado
pelo diretor para esses serviços. Participou também de uma produção espanhola,
o filme Descalço sobre a terra vermelha,
acerca da vida de Dom Pedro Casaldáliga, e das tocantinenses Um Lagarto a caminho do Bonfim, de Hélio
Brito; Tempos Difíceis e Som de lá,
de Caio Brettas.
Em 2012 deixa o grupo Chama Viva e monta sua própria
produtora, a Spatium Arte e Cultura, onde é sócio proprietário e passa a
trabalhar também como produtor e articulador cultural. Dentre as suas produções
locais estão os espetáculos: A Loba de
Rayban com Christiane Torloni, Leonardo Franco, Maria Maya e Renato Dobal II, em
2010; De Perto ela não é Normal com
Suzana Pires, em 2010; As Pontes
de Madson com Flávio Galvão e Mayara Magri em 2012.
Tem em seu repertório como ator, os espetáculos: A caixa;
Dois idiotas sentados, cada qual no seu barril; Pedra canga e Trupizupe – o
raio da silibrina. É presidente de honra do ISTO (Instituto Social do
Tocantins) que realiza diversas ações, entre elas, a Semana Isto de Teatro, o
Projeto Isto 153 (em referência à rodovia Belém – Brasília) com circulação de
espetáculos em cidades às margens desta BR, no trecho de Araguaína a Goiânia; o
Projeto Temporada Popular de Teatro Tocantinense, com oficinas e apresentações
de espetáculos tocantinenses e a Mostra do Cine Buriti, em Buritirana, distrito
de Palmas. Desenvolve também projetos de oficinas, transmitindo o seu
conhecimento e a sua experiência com o fazer teatral.
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